Sonetorto da servidão
Por eternidades de eternidades contidas nos segundos...
Espera etern.a.mente [de] um servo. Sua revolta
Submissa [esta espera] está no imortalidade de seu verbo.
Ah, quão impuro e imprudente, melhor e pior servo da...
Mestra perfeita, grande como o sol e quente como a menopausa do inferno!
Queria eu ser esse servo vez em nunca, e seria ninguém,
o gozo eterno de um grão de areia! (Ui, que interno...)
Ou hospitalizado, pois para este servo da luz de sombras...sim, este que diz no silêncio da noite...
Que dor seria maior que a das chicotadas da insegurança em torno das voltas de sua vida?
Sim, aquelas chicotadas nas carnes gordas da esperança, onde jogamos pitadas de sal e medo
E depois uns tapinhas de confiança. Que servo é mais masoquista que este teu, mestra omissa?
Tuas ordens, palavras de poder, são cumpridas sob toda circunstância.
O desejo, ordem e promessa com seu outro eu, mestra, é o dever de um servo submisso e revoltado.
Este servo é o que cria e destroi mundos di.versos sob as ordens da sua vida.