Soneto da esculhambação vigente
O povo brasileiro, já cansado, com razão;
Contempla a falta de vergonha, em cara de muitos!
E sabe que os absurdos outrora ocultos,
Hoje são manifestos nos telhados da nação!
E os tais, em seus conluios vorazes;
Com falácias apaixonadas, todo dia!
Estercam esse belo chão de hipocrisia
Enquanto os digerimos, incapazes!
E a esperança, que dantes tínhamos
Foge-nos; sem a podermos agarrar!
Por tantas idiotopias que ouvimos
Resta-nos ao desatino contemplar,
E, resignados, nos lançarmos ao destino
A espera de algum dia, a justiça arvorar.
Nota: Concebido um certo tempo atrás, mas ainda bastante atual.
Edson