Soneto da Solidão
Sem tudo que eu tinha, me sobrou
Apenas minha alma pra vender
E embora eu possa me arrepender
Isso não vai mudar o que eu sou
Aos poucos fui perdendo a minha vida
Deixando-a pra trás, sem ninguém por perto
Embora ansiasse a cura pra ferida
Oásis não encontrei neste deserto
E o sol me observava atentamente
Vendo eu viver à minha própria sorte
Sem rumo ou sina, eterno decadente
E mesmo que eu tentasse ser mais forte
A verdade mostrou-se imponente:
Serei sempre eu mesmo até a morte