Soneto da Solidão

Sem tudo que eu tinha, me sobrou

Apenas minha alma pra vender

E embora eu possa me arrepender

Isso não vai mudar o que eu sou

Aos poucos fui perdendo a minha vida

Deixando-a pra trás, sem ninguém por perto

Embora ansiasse a cura pra ferida

Oásis não encontrei neste deserto

E o sol me observava atentamente

Vendo eu viver à minha própria sorte

Sem rumo ou sina, eterno decadente

E mesmo que eu tentasse ser mais forte

A verdade mostrou-se imponente:

Serei sempre eu mesmo até a morte

Edimar Silva
Enviado por Edimar Silva em 28/01/2012
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