Lágrima do Xingu

A Lágrima que vi, naquela Face,

Descia por caminhos, em Indícios.

E Eu, num triste Sentir, por meus Ofícios,

Pedi aos Céus que aquela dor parasse!

A Lágrima pediu qu'Eu não deixasse

seu Rio cometer tais sacrifícios.

E, num descer pungente, por Inícios,

Pediu que, sobre o chão, eu a deitasse...

Vendo o Xingu - Frescura da distância;

À vista, Águas florais que, por ganância,

Serão turvadas por Sangue virente...

Lembro-me do pedido lancinante;

Da lágrima no Rosto verdejante...

Refletindo o futuro dessa gente...

*Decassílabos no ritmo heroico

27/01/2012

Innocencio do Nascimento e Silva Neto
Enviado por Innocencio do Nascimento e Silva Neto em 28/01/2012
Reeditado em 13/05/2012
Código do texto: T3466769
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