Ah, Saudade

AH, SAUDADE!

Jorge Linhaça

Ah, a saudade! Eterna lembrança,

Que me afaga a alma febril

Que faz renascer a dona esperança

Às vezes cruel, às vezes gentil.

Crava no peito a férrea lança

Fere, às vezes, de forma sutil

Verte das sombras em solene dança

Soldando grilhões na alma servil

Ah, a saudade, senhora das dores

que silencia cruel no meu peito

Rosa vermelha reinando entre as flores

Todos estamos a ela sujeitos;

Tolos, sofremos antigos amores;

Sempre choramos um amor desfeito