Carência

Ah! Senhor meu e Deus;

Quisera eu oportunamente,

Ver-me prostrado em Sua frente,

A derramar-lhe os sonhos meus!

E Tu, a me ouvir, com ternura

Sobre queixas e lamúrias, paciente!

Braços abertos, sorriso contente

A fitar-me com excelsa doçura

E eu, sobremodo angustiado

Por tantos anseios e excessivo cuidado

Da vida, que haveis me dado,

Não me dou conta, nem tenho atinado

Que entrementes; outrora prostrado!

Me acho em Teu colo, por Ti amparado.

Edson

edsongs
Enviado por edsongs em 27/01/2012
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