Carência
Ah! Senhor meu e Deus;
Quisera eu oportunamente,
Ver-me prostrado em Sua frente,
A derramar-lhe os sonhos meus!
E Tu, a me ouvir, com ternura
Sobre queixas e lamúrias, paciente!
Braços abertos, sorriso contente
A fitar-me com excelsa doçura
E eu, sobremodo angustiado
Por tantos anseios e excessivo cuidado
Da vida, que haveis me dado,
Não me dou conta, nem tenho atinado
Que entrementes; outrora prostrado!
Me acho em Teu colo, por Ti amparado.
Edson