Cavaleiros do Apocalipse

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Surgem, dentre a bruma, os Cavaleiros

Do Apocalipse, em negras montadas,

Arrastando o arauto das madrugadas

Por pedras e por cardos dos outeiros.

Seguem a Morte bandos de coveiros

Que brandem, ébrios, o aço das enxadas,

E logo atrás, atrás da Peste, ossadas

Ruinosas de malditos curandeiros.

Arvoram os estandartes da Guerra

Demónios que fazem tremer a terra,

Em passo de ganso e botas de ferro.

Nuvem de gafanhotos segue a Fome,

Tal como hostes de mendigos sem nome

Que vão no rastro do seu próprio enterro.

Adrianus
Enviado por Adrianus em 27/01/2012
Reeditado em 27/01/2012
Código do texto: T3464212