Vai-se o Mundo
VAI-SE O MUNDO
Jorge Linhaça
As raizes que fincamos no solo
São de repente, à força arrancadas
Quando nos falta a ternura do colo
E o sorriso ao longo da estrada
Desfaz-se do alicerce tal tijolo
Deixa a parede assim meio tombada
Turva-se a mente, nos foge o consolo
Cala na alma a katana afiada
Ficam lembranças de doces momentos
Como fantasmas bailando na mente
Somos crianças nas asas do vento
Arremessadas por entre as correntes
Nessa mistura de mil sentimentos
Inda sentimos tua luz tão presente.
Arandu,30 de setembro de 2009