QUERIDA G.

A minha querida G. em réplica aos citados versos de Manuel Bandeira.

Você se mantem na negação

não sei se por medo, ou comodidade

Renova o empenho nesta atuação

no entanto sabes, e eu sei que você arde

Você finge que não lhe causo comoção

disfarçando o que sentiu, naquela tarde

e que este sentimento, é a real razão

de hoje, você fazer tanto alarde

Sei que é mais fácil se manter distante

e se resumir apenas ao casual

ser apenas a minha amante

Entre nós dois, não há nada de normal

Me convenço, cada vez mais, a cada instante

que entre nós dois, há muito mais que o carnal

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 26/01/2012
Reeditado em 26/01/2012
Código do texto: T3463099
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