PRETENSO
Pretensamente componho poesias,
Penso que meus são os pensamentos
Ou que posso falar aos fortes ventos
Que levem os meus versos pelos dias.
Mas se me acho cheio, são mãos vazias,
Por não saber traduzir os meus tormentos,
Nem mesmo faço jus aos meus lamentos
Quando me perco em minhas teorias.
Por que me sinto ermo de meus versos,
Tentando concentrar-me, ficam dispersos?
Os meus obscuros desejos de compor.
E fico como que flutuando em sonho,
Transito entre o saber e o que suponho,
No fim, as verves põe-se a decompor.
(YEHORAM)