CORRERIA DA VIDA

Soneto da Correria da Vida

Pessoas apressadas, preocupadas

Desesperam-se, correm, atrasam

Por nada, sem nada, e entediadas

A vida não para aos que choram

Campainha, telefone tocam

Mendigos pedem esmolas

Na chuva, se molham, não param

Não há nada que pare as horas

Gravata, sapato e camisa

Mas o dia é sol, é estranho!

Não é domingo, não é dia de missa

Rostos sérios, o sorriso já se acabou

Levou lugar a carranca, e a tristeza

Porque a vida sem graça ficou.

Samara Azevedo
Enviado por Samara Azevedo em 26/01/2012
Código do texto: T3462701
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