CORRERIA DA VIDA
Soneto da Correria da Vida
Pessoas apressadas, preocupadas
Desesperam-se, correm, atrasam
Por nada, sem nada, e entediadas
A vida não para aos que choram
Campainha, telefone tocam
Mendigos pedem esmolas
Na chuva, se molham, não param
Não há nada que pare as horas
Gravata, sapato e camisa
Mas o dia é sol, é estranho!
Não é domingo, não é dia de missa
Rostos sérios, o sorriso já se acabou
Levou lugar a carranca, e a tristeza
Porque a vida sem graça ficou.