A Praia
Jorge Linhaça
Deste-me as costas, vendaste-me os olhos
Não mais pude ver teu meigo sorriso
Senti-me Adão sem ter paraíso
Alma ferida em meio aos abrolhos
Ataste-me as mãos qual chaves em molhos
Tua sentença caiu num inciso
Teu veredicto tão pouco conciso
Foi o que viste por entre os antolhos
Rumo ao degredo em terras além
Guardo segredos sagrados no peito
Cumpro a pena desse teu desdém
Choro meu pranto silente, calado
Trago no peito o sonho desfeito
Ar rarefeito, refém do passado
Arandu, 19 de fevereiro de 2010
Jorge Linhaça
Deste-me as costas, vendaste-me os olhos
Não mais pude ver teu meigo sorriso
Senti-me Adão sem ter paraíso
Alma ferida em meio aos abrolhos
Ataste-me as mãos qual chaves em molhos
Tua sentença caiu num inciso
Teu veredicto tão pouco conciso
Foi o que viste por entre os antolhos
Rumo ao degredo em terras além
Guardo segredos sagrados no peito
Cumpro a pena desse teu desdém
Choro meu pranto silente, calado
Trago no peito o sonho desfeito
Ar rarefeito, refém do passado
Arandu, 19 de fevereiro de 2010