CONTANDO AS HORAS Odir Milanez Por ela eu esperei marcando a lida do relógio assentado na parede. Quem sabe durma ao balançar da rede? Quem sabe a chuva fê-la de esquecida? Nove horas, de noite desvalida. De seu amor eu sinto fome e sede. Passos não dão parada. Amada, quede o seu corpo, que ao meu concede a vida? Dez horas de uma noite feia e fria. A crença que ela venha se esvazia. Onze horas, na noite que se cala. Meia-noite, o relógio me anuncia. Minha esperança morre igual ao dia. - Cheguei, amor! – a sua voz me fala! O relógio à contagem renuncia para que eu possa, intemporal, beijá-la! JPessoa/PB 24.01.2012 oklima
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