Marte, morto
Se fosse possível, no tempo infinito,
voltar-mos às constelações distantes;
Nos surpreenderiam visões deslumbrantes,
De um Mundo vivo, decerto inaudito!
Quem sabe, a água, a nós garantida;
Na nossa Terra, inda tão abundante,
Jorrasse também nesse Mundo distante,
Fazendo brilhar a preciosa vida!
E Marte, talvez, já tenha vivido
Um belo passado, outrora pujante,
Que o esplendor da natureza lhe deu.
Quisera saber o que terá havido,
A esse Mundo, tão exuberante;
Que um dia acordou, esfriou e morreu!
Edson