Soneto da infidelidade

Não basta meu amor, ter-te somente,

Embora me pareça bem correto!

Não quero ser em demasia indiscreto,

A ponto de só tê-la simplesmente.

Quisera eu a eterna primazia

De ter ao meu amor, fidelidade!

Contudo, me esmero, é bem verdade!

Na ânsia de alcançar logo esse dia.

Mas, a luta é desumana, tu bem sabes,

E a fraca carne; um poço de ilusão!

Que impede tal quimera à realidade.

E, se, em cada amanhecer há provação;

Quem dera, eu não visse nem metade,

Do florescer de tanta tentação!

Edson

edsongs
Enviado por edsongs em 24/01/2012
Reeditado em 16/09/2012
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