Soneto da infidelidade
Não basta meu amor, ter-te somente,
Embora me pareça bem correto!
Não quero ser em demasia indiscreto,
A ponto de só tê-la simplesmente.
Quisera eu a eterna primazia
De ter ao meu amor, fidelidade!
Contudo, me esmero, é bem verdade!
Na ânsia de alcançar logo esse dia.
Mas, a luta é desumana, tu bem sabes,
E a fraca carne; um poço de ilusão!
Que impede tal quimera à realidade.
E, se, em cada amanhecer há provação;
Quem dera, eu não visse nem metade,
Do florescer de tanta tentação!
Edson