Um que de melancolia

Em dias turvos, a triste lembrança

Aflora numa hora de agonia,

E me priva da ínfima alegria

Que ainda velo, em terna esperança!

Viajam os dias, em real dessemelhança,

E ouço coisas, que outrora eu não ouvia;

Ou quem sabe, inconsciente, antevia

Mas não cria, em razão da insegurança!

Doce, e às vezes ocre é a existência

E os sonhos, não são apenas quimeras

Os quais eu guardo em tantos pensamentos;

Pois em meio a tanta efervescência

De pensares, no decorrer das eras,

As paixões prenunciaram sofrimentos!

Edson

edsongs
Enviado por edsongs em 24/01/2012
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