Soneto do princípio do "eu"
Em um acaso marcado e perdido,
no encontro da alma e razão,
eu recolho o que sou no tempo esquecido,
eu apenas desfaço as dores do não.
Não sei o que faço, nao sei o que digo,
a vida me acusa da intolerável paixão.
Liberto palavras que não fazem sentido,
eu esqueço de mim, eu caio no chão.
Caminho seguindo o verso lido,
traço meus sonhos sem direção,
é isso o que vejo e não acredito...
Contemplo teus olhos sentindo,
o amor me fugindo das mãos.
Ah quanto te quero e sem razão...