Soneto do princípio do "eu"

Em um acaso marcado e perdido,

no encontro da alma e razão,

eu recolho o que sou no tempo esquecido,

eu apenas desfaço as dores do não.

Não sei o que faço, nao sei o que digo,

a vida me acusa da intolerável paixão.

Liberto palavras que não fazem sentido,

eu esqueço de mim, eu caio no chão.

Caminho seguindo o verso lido,

traço meus sonhos sem direção,

é isso o que vejo e não acredito...

Contemplo teus olhos sentindo,

o amor me fugindo das mãos.

Ah quanto te quero e sem razão...

Ingrid Campêlo
Enviado por Ingrid Campêlo em 24/01/2012
Código do texto: T3459006
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