UM ROSTO
Parado fiquei vendo o tempo passar,
Todo tempo esquecendo de viver
E de ver a realidade a esmagar
Sonhos acalentados que não ia ter.
Quantas perguntas eu fiz,
O porquê de me sentir angustiado
Ficar calado, sozinho e isolado,
O porquê de não ser feliz.
Naquele isolamento consentido
Embora estivesse de espírito combalido
Eu via sempre uma luz, uma visão.
Vinha do passado tenho certeza
Um rosto de menina só pureza
Um riso, uma alegria, uma canção.
Marcus Catão