REDOMA

Flutuamos nas levezas da inocência...

Sopramos nossas juras mais sinceras

com dotes delicados de existência

em nosso amor de eternas primaveras...

Nós juntos na redoma de quimeras...

E as horas lisas, nuas, sem urgência,

minando em gotas, ninam as esperas...

Cumprindo seu destino na vertência...

Mas, gota a gota, as horas viram mares

bravios, tempestuosos, tão imanes

e levam nosso amor à tona e ao fundo!

E quebram-se as levezas salutares

da casa de quimeras ora inanes,

impondo movimento ao nosso mundo.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 24/01/2012
Código do texto: T3458350
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