RIO E DESERTO

Quem é essa mulher, que não me sai da mente?

Quem é ela? Será o diabo encarnado?

Mais forte que um trago de aguardente

mais presente que a sombra ao meu lado

Febre que arde, sem que eu esteja doente

ela é o verão de Recife, quente e abafado

onde a chuva, vai e vem, toda contente.

Meu Deus! Por esta criatura estou enfeitiçado

Será um demonio, anjo ou caipora?

Me agrada quando está por perto

mas me enlouquece quando vai embora

Ela é o rio e eu sou o deserto

quando corre para mim, a vida flora

Sem ela, tudo mais torna-se incerto

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 23/01/2012
Reeditado em 24/01/2012
Código do texto: T3456775
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