BANALIDADES

Um fantasma rondava no escuro,

com seu hálito fétido, impuro.

Desviei dessa sombra e me pus

ao resguardo, debaixo da luz.

No momento, vencido esse apuro,

tenho o lápis nas mãos, bem seguro,

e procuro afinal fazer jus!

Aos teus pés a promessa depus:

– Editar um poema elevado,

cujas rimas se põem lado a lado.

Meu estilo parece propício,

mas a verve não tem tal finesse.

A verdade depressa aparece:

– O soneto é uma arte de ofício.

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