Dois sonetos para o mesmo anjo.
Anjo cavalgando.
Autor: Daniel Fiúza
18/01/2012
Bem diante da grandeza desse amor,
salta aos olhos tua delicadeza,
és o banquete que farta a mesa,
uma obra prima de grande sabor.
Sou prazer que procuras com ardor,
o mesmo anjo que sempre alucina,
te quero nua, doida e feminina,
me aquecendo com o teu calor.
Impresso na tua pele de açucenas,
na grafia do amor lindo e selvagem,
eu gravo primitivo, nossas cenas.
Lembro de ti, quando tira a roupa
é o semblante da tua linda imagem
quando me cavalgas feito louca.
Anjo fingido.
Autor: Daniel Fiúza
18/01/2012
Também sei que sabes ser fingida,
me provocando, sonegando um beijo,
quando teu corpo explode de desejo,
querendo me sentir em tua vida.
Eu também sei que és minha querida,
a que minhas mãos tocam em solfejo,
deixa teu corpo mole em arquejo,
e por minha boca sendo esculpida.
Posso afirmar que me fazes delirar,
com teus carinhos e tanta sedução,
às vezes penso que vais desmaiar.
Tenho certeza que você chega lá,
quando geme e me chama de paixão,
fingindo, diz que nunca vai me amar.