Astro-Rei

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Do azul a fímbria, roçando a montanha,

Tingida por laivos de arrebol,

Anuncia, em glória, o raiar do sol

E o séquito dourado que o acompanha.

Já não alembra assim tal pompa tamanha.

Por domínios se arrasta o trajo real,

Em feérico, opulento ritual,

Que até, perante, a alma vil s'acanha.

Acendem-se os lagos. Nos rios vão pratas.

Pedras preciosas rolam nas cascatas

Ao som solene das trombetas reais.

Augusto, em ascensão deslumbrante,

O astro-rei, qual esférico diamante,

Ofusca o píncaro das catedrais.

Adrianus
Enviado por Adrianus em 20/01/2012
Reeditado em 21/01/2012
Código do texto: T3452409