Ingênuo
 
Quem sabe, então, o que antes fostes,
Um encantamento as delícias de amor,
Dizeis-me a notar-me outro furor,
Sem que cousas vossas me encostes...
 
Que sei, no entanto, que de esplendor,
Outrora, apenas, quando pentecostes:
Festejo que anjos em celebridade postes
À memória dum único que amar fuor...
 
Então, não me inventam cousas outras;
Dizeis-me que fizestes dum encanto
O afeto que por todos os ventos sopras...
 
Bem como me vago, a pântanos afora;
Que dum Poeta me notado canto
Ao Deus de amor e por tos que chora...
 
(Poeta Dolandmay)



Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 20/01/2012
Reeditado em 16/06/2012
Código do texto: T3452297
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