Do tempo sofrido

Do tempo sofrido

Que ventos são estes, dos tempos sofridos

Que passam agora zunindo ao ouvido

Tirando a paz, que estava comigo

Trazendo o agouro do tempo sofrido

Minha esperança nua, enfraquecida de vez

Ao sibilar da forte e brava ventania

Que vento gelado, que noite mais fria

O tempo fechado, vem chuva, talvez

A grande tempestade está dentro de mim

Desgoverno provocado do tempo sofrido

Não o do planeta por estar agitado

O descontrole climático a fuga sem fim

É o inverno, averno do dia esvaecido

No esteio da vida, psicanalizado

Porangaba, 20/01/2012

Armando A. C. Garcia

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