TEIMA
No curso edaz dos anos, tantas perdas...
Com dias que se vão vertiginosos
(baús de expectativas vãs, esquerdas),
sepulto sonhos meus, os mais grandiosos...
Há, sim, as salutares experiências,
saberes de frescores agradáveis...
Senti-los? Como? Faltam resistências...
Aos órgãos frágeis, tornam-se inviáveis...
E o espelho a me apontar cabelos brancos,
os vincos, passos tontos, tortos, mancos!
O vergastar do atroz pesar da lida!
Mas vou teimar em busca dos ensombros...
Vou suportar as perdas nestes ombros,
pois te amo... e amo... e amo... Ó, brava vida!