Saudade...
 
Dizer o que sinto talvez seja incerteza.
Aloucada aos meus versos passa à dor...
Quisera ser o tempo do nosso amor;
Convulso, insensato, pranto e tristeza,
 
Mas alto em vaidade, paixão e beleza.
Se porventura em razão fosse eu pecador,
Pudera teus pejos sem voz de primor?
Ó saudade, que perdure a tua nobreza!
 
Pois assim, contudo, sou transloucado!
Vivas de desejos em nós lado a lado
Rompendo as friezas dum sentir breve...
 
Que insensatas me sejam tuas torturas,
Por alma que te vive nas amarguras
Quais as convulsas letras que te escreve...
 
(Poeta Dolandmay)


Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 19/01/2012
Reeditado em 19/01/2012
Código do texto: T3449977
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