A Fonte da Água Viva
Jorge Linhaça
19 de janeiro de 2012
Jorra da fonte a água da vida
Que mata a sede de forma perene
Sorvo-lhe a água num rito solene
Deixo pra trás a vida torcida
Vem da serpente a cruel mordida
Turva-me a vista, em laços m'expreme
Tira-me as forças destroça meu leme
Fico á deriva num mar sem saída
Mas eis qu'um farol ao longe rebrilha
Gotas de chuva trazidas no vento
Que endireitam ao rumo da quilha
Sinto no peito cessar o tormento
Livra-se a alma d'atroz armadilha
Volto à fonte, dela me alimento