DA LOUCURA
Outros venenos aliciam meu neurônios
Só tenho os sonhos, dentre tantos, tão normais.
Formigas vejo, pelos cantos laterais,
Seguindo ilesas, do meus pés, tolos campônios.
Já não invoco ação dormida, em Catedrais...
Não entro mais e passo ao largo dos botecos.
Sem chão preciso já não ouço mais os ecos
Nesse reinado, atuo junto aos canibais...
Nos meus Anais nada registro, ajo ao nulo
De uma memória, na surdina, em irreais,
Dias, que somam, ou mesmo morrem nos finais.
Juro que ao grito, meu descrédito, engulo...
Nenhum sentido já me pega pela mão.
Danço ao relento da mais branca escuridão.