Arte poética

Começa com letras pequenas, suaves,

Tecendo o ser do poeta da vida.

Às vezes agudas, às vezes bem graves,

Formando enfim a palavra querida.

Viaja o poeta em mar caudaloso,

Galgando apenas compor o poema.

Soneto ilibado, culpado, doloso,

É só solução a banir o problema.

Aos poucos surgindo palavras bonitas,

Esquece-se mágoas que a vida legou.

Eis o semovente da mente infinita,

Que inspira cantigas amigas, fulgor.

Meu Deus que esta arte pra sempre repita!

Se finda o poema, acaba o amor.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 19/01/2012
Código do texto: T3449221
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