MENINA CARENTE (Soneto repaginado)
Repouso em teu peito o meu rosto
Descanso nele, pois sou tão carente
Lábios adocicados sinto o gosto
Despertando o desejo em mim latente
Se eu fui anjo, foi apenas pressuposto
Ser alado, criação da minha mente
Venha! Revolva de mim o desgosto
Sacia amor, a mi’a sede pendente
Se não for hoje, que seja em agosto
O mês cujo eu jorrei duma nascente
Eu te amarei sem me ser imposto
No teu paladar, o meu gosto
Tu serás de mim um ser dependente
Em cada toque e no gesto reposto.