Confissão
Cansei de ser poeta e de compor
os tantos versos fúteis, desprovidos
de encantos, da estesia tão perdidos,
sem cheiro, sem perfume, sem valor.
Quisera voar alto, ser condor,
mas sou rasante e pobre de sentidos,
e tal cantar que chora os tempos idos,
carregam a saudade aonde eu for...
Em cada verso a minha dor mesquinha
transmuta os versos meus em ladainha,
lamenta a dor maior e mais completa.
Poeta? Sim! Quisera ser, de fato,
no seu sentido mais profundo e lato,
e não um simulacro de poeta.
Brasília, 17 de Janeiro de 2012.
ESTILHAÇOS, pg. 101
Cansei de ser poeta e de compor
os tantos versos fúteis, desprovidos
de encantos, da estesia tão perdidos,
sem cheiro, sem perfume, sem valor.
Quisera voar alto, ser condor,
mas sou rasante e pobre de sentidos,
e tal cantar que chora os tempos idos,
carregam a saudade aonde eu for...
Em cada verso a minha dor mesquinha
transmuta os versos meus em ladainha,
lamenta a dor maior e mais completa.
Poeta? Sim! Quisera ser, de fato,
no seu sentido mais profundo e lato,
e não um simulacro de poeta.
Brasília, 17 de Janeiro de 2012.
ESTILHAÇOS, pg. 101