Cinco quase-sonetos dum dia - Soneto III
Ela se arruma, Deus, que mulher bonita!
Os barulhinhos que seu esmaltado andar produz
Nada dizem do que ela é – ao menos –, bela
E ela anda, empertigada de enigmas, mulher
O cheiro dela leva homens
E no ar fica o estático sorriso dela
Contrapartida vejo nela, nada mais que isso
E isso não sustenta
Neste dia de displicências,
Eis um sentido, para o garoto que a viu
E mesmo assim, tudo passou
Uma lufada naquela árvore
E o velhinho ajudado, eis a “ordem”
Mesmo assim, tudo passou