Cinco quase-sonetos dum dia - Soneto III

Ela se arruma, Deus, que mulher bonita!

Os barulhinhos que seu esmaltado andar produz

Nada dizem do que ela é – ao menos –, bela

E ela anda, empertigada de enigmas, mulher

O cheiro dela leva homens

E no ar fica o estático sorriso dela

Contrapartida vejo nela, nada mais que isso

E isso não sustenta

Neste dia de displicências,

Eis um sentido, para o garoto que a viu

E mesmo assim, tudo passou

Uma lufada naquela árvore

E o velhinho ajudado, eis a “ordem”

Mesmo assim, tudo passou

Paulo Fonseca
Enviado por Paulo Fonseca em 16/01/2012
Código do texto: T3443805
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