Cinco quase-sonetos dum dia - Soneto I
Vilezas separadas,
Hostilidades direcionadas,
Um mundo sempre andando, progredindo, cadenciando.
No raiar do dia, um novo dia
Na alameda com perfumes extensos, penetrantes
Aquele senhor anda com sua maleta,
Todos fitam seu sôfrego andar
Mas não ajudam o aleijado... passam reto, olvidam.
Simples seria se fossemos cópias inalteradas
Um do outro
Seria muita simples, muito simples.
Somos arquitetados nos nossos fatos,
Projetados nestes ideais
E mesmo assim, oscilamos entre diferenças rijas.