Bailando ao Poente

Bailando ao Poente
Jorge Linhaça

Ante os fúlgidos raios do poente
ensaia a sua dança a bailarina
o sol que se vai ainda ilumina
seu corpo que se move lentamente

A lembrança dum doce cavalheiro
fraque e cartola à maneira antiga
mágico do amor, ainda a intriga
sombras dum ardor demais verdadeiro

E no seu bailar assim eloquente
mostra a entrega do corpo febril
bailando solta à luz do poente

Liberta os grilhões, na dança sutil;
expulsa os medos, eternas correntes,
liberta a alma...do jugo servil.

Arandú, 1 de fevereiro de 2009