O Triunfo do Amor

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A morte, em vão, em vivo clamor,

Desafio, pois que já teu corpo arrasta,

Do seio da vida, essa vil madrasta

De gelo muda ao pranto da tua dor.

Amaldiçoa a morte o nosso amor,

Por seres formosa, por seres casta,

Seres a noiva de um iconoclasta,

Ser espírito livre, sonhador.

Sigo a fímbria do teu véu, que se desfia,

Entre névoas, pisando terra fria,

Que desejo de amar leva ao desnorte.

Dou-te a mão, em desespero final,

E, num abraço, num beijo triunfal,

Entregamos nossos corpos à morte.

Adrianus
Enviado por Adrianus em 15/01/2012
Reeditado em 15/01/2012
Código do texto: T3441619