O velho abacateiro
Na minha infância convivemos juntos,
E quantas vezes na mais tenra idade,
Me ofertas-te com gestos de bondade,
De teus galhos os mais belos frutos.
Fui testemunha da existência produtiva,
Quando tinhas juventude e beleza,
Mas a força mortal da natureza,
Te abraçou de uma forma destrutiva.
Hoje estais reduzido ao pó somente,
Não tens frutos, nem flores ou semente,
E tua sombra não me serve de abrigo.
Se te serve de consolo a minha história,
Em meus dias, a minha luta é inglória,
A natureza fez o mesmo comigo.