O velho abacateiro

Na minha infância convivemos juntos,

E quantas vezes na mais tenra idade,

Me ofertas-te com gestos de bondade,

De teus galhos os mais belos frutos.

Fui testemunha da existência produtiva,

Quando tinhas juventude e beleza,

Mas a força mortal da natureza,

Te abraçou de uma forma destrutiva.

Hoje estais reduzido ao pó somente,

Não tens frutos, nem flores ou semente,

E tua sombra não me serve de abrigo.

Se te serve de consolo a minha história,

Em meus dias, a minha luta é inglória,

A natureza fez o mesmo comigo.

Irason Bezerra
Enviado por Irason Bezerra em 14/01/2012
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