TANTO AMOR n. 1

Trago no rosto estampado triste traços

Por amar-te e antes não te amasse

E o diário martírio de ver a tua face

Desfaz o meu coração em mil pedaços.

Tantos sonhos! Que ironia! Quantos fracassos!

Que dura verdade. Oh! Acerbo desenlace

E tanto implorei a Deus que me matasse

Sé te ver presa por entre alheios braços.

De tanto amor de bom nada em troca tive

E um louco enigma em meu peito inda vive

- Deus onde errei? – O que mais era preciso?

E enquanto em lágrimas se desfaz minh’alma

Exponho no rosto uma pérfida calma

Escondendo a dor num amargo sorriso...