"INCIDENTE EMOCIONAL"
Meu perdão, Estranha, por nem dizer seu nome,
Que me custa a dor de feri-la se o faço.
Testemunha-me Deus, o momento que passo,
Que confusamente implode, e o corpo consome.
Não que meus olhos quisessem só por tua beleza,
Por teu sorriso tímido, por teu calor angelical.
A culpa é deste coração cansado, irracional,
Que não soube respeitar os limites da grandeza.
E agora, sofre-me o corpo, e a alma chora,
Sem necessidade, se tudo devia ser evitado
Não permitindo que esse momento fosse criado.
Daí este pedido, cara Amiga, que te faço agora
Pelo desrespeito aos laços de uma amizade sincera
Confundida sim, mas que teu perdão espera...
(ARO. 1995> ‘a pedido’)