Soneto da saudade

De repente vem uma saudade aguda

Que o coração quase não agüenta

A voz não sai, engasga, fica muda

O pranto rola e a tristeza aumenta

O destino traça sempre o caminho

Está escrito e isso não se altera

Chega sorrateiro, bem de mansinho

Ou de repente, quando ninguém o espera

Comigo aconteceu certo dia

De perder meu pai, minha alegria

Arrancou-se meu porto, ruiu meu abrigo

Minha fortaleza, meu refúgio, meu mundo

Deixou uma dor, um vazio tão profundo

Mas deixou também seu exemplo de homem, de pai de amigo.

OLEGAD
Enviado por OLEGAD em 14/01/2012
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