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é a mais perversa tortura do depois... |
AS CINZAS DO MEU AMOR
Odir Milanez
Guardo as cinzas do amor nunca desfeito
pois jamais existiu de vida inteira.
Um amor com morada no meu peito,
mas sem vaga no peito da parceira.
Compartimos, nós dois, do mesmo leito,
invertendo da cama a cabeceira.
Mas somos cópia de um casal perfeito,
quando a vida é verdade verdadeira.
É quando o braço seu ao meu se abraça,
quando ela fala o que de mim não sente,
quando o que digo ela sorri de graça...
Guardo as cinzas do amor inexistente,
fruto de um sonho bom, que, por desgraça,
morreu comigo e para mim somente!
JPessoa/PB
13.01.2011
oklima
Sou somente um escriba que escuta a voz do vento e o versa versos d'amor... |