INQUILINA SUICIDA
Pálida face - fria pelo tempo
Recostada no belo mausoléu
Numa lástima ao sentir o fel
Em vão é a vida pelo intento
Trêmula ao olhar o ceu escuro
A luz da lua clareia o epitáfio
Decide ler sem qualquer tom sáfio
Pela ânsia de estar ali no futuro
No seu desejo incontestável
Para unir ao jazigo suntuoso
E ver o real mundo prazeroso
E, ao lado do Amor imensurável
Sentirá na terra, sem existência
Sua eterna e almejada residência.