... AS PAINEIRAS ....
Para Ariadne Cavalcante
Da porta do quintal vejo as paineiras
Tão belas espalhadas pelos ventos
Aos olhos destes céus tão nevoentos
Que chovem desde a aurora, cachoeiras....
Os galhos sacudidos, balançados,
Parecem estar aos ares convulsivos
No adejo das alturas, belos, vivos,
Perdidos numa sanha em seus bailados...
A chuva cai gemendo no telhado
De palha, em sutil doce lamento,
Descendo pelas bicas nos beirais
Da porta do quintal eu vejo o prado
As flores encharcadas ao relento
E a dança das paineiras outonais...
Arão Filho.
Teresina-Pi, 12 de Janeiro de 2012.