LAMENTO DA REALIDADE

Por mais estranho que seja,

Ainda sonho que me beijas,

Sendo cruel de tão bisonho,

O acordar deste tolo sonho.

Diamante bruto, azul da lua,

A piscar sob as nuvens belas,

Finjo serem teus olhos e nua,

Tua face, sonho desenho dela.

Brandura, calmaria, desejos,

Em céu de bruma que me vejo,

Dançar, tal as nuvens ao vento.

Enroscar nas tranças e beijos,

Rente a tua pele, teus relevos,

E desse acordar... Lamento...

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 13/01/2012
Código do texto: T3437686
Classificação de conteúdo: seguro