LAMENTO DA REALIDADE
Por mais estranho que seja,
Ainda sonho que me beijas,
Sendo cruel de tão bisonho,
O acordar deste tolo sonho.
Diamante bruto, azul da lua,
A piscar sob as nuvens belas,
Finjo serem teus olhos e nua,
Tua face, sonho desenho dela.
Brandura, calmaria, desejos,
Em céu de bruma que me vejo,
Dançar, tal as nuvens ao vento.
Enroscar nas tranças e beijos,
Rente a tua pele, teus relevos,
E desse acordar... Lamento...