Natal 2011 - IV *
A noite gelada mas estrelada,
No largo bem junto ao mural,
Celebra um velho a consoada,
Nesta gelada noite de Natal!
Defronte a vivenda iluminada,
É noite escura sem luz natural,
Adornos naquela outra fachada,
Celebra-se um diferente Natal!
Tapado pela manta esfarrapada,
Um papelão lhe serve de taipal,
É com ele que faz sua abrigada!
Na noite fria de mais um Natal,
Enroscado na manta rasgada,
O velho se abriga do temporal!
* Escrito na quadra de Natal e por se ter perdido não foi publicado na altura. Agora que foi encontrado e porque Natal é sempre que o homem quiser... aqui fica o soneto na esperança que gostem. Casmil