UM AMOR DO PASSADO

Meu colibri não morreu

Tem seiva fresca no coração

A flor sem o cravo ficou tristonha

A saudade criou asas e foi voar

O beijo na boca fresca renasceu

Não se ilude de loucura a paixão

O vento traz a folha inda risonha

O passado é uma pétala sem lar

A natureza como uma deusa pagã

Comunga sua dor na asa do pardal

Deixa de voar pra sua sede mitigar

Se tivesse tua relva fresca e louçã

Batizar-me-ia nas águas de tua pia batismal

E na igrejinha sentiria a alegria dos sinos a repicar

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 12/01/2012
Código do texto: T3435856
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