UM AMOR DO PASSADO
Meu colibri não morreu
Tem seiva fresca no coração
A flor sem o cravo ficou tristonha
A saudade criou asas e foi voar
O beijo na boca fresca renasceu
Não se ilude de loucura a paixão
O vento traz a folha inda risonha
O passado é uma pétala sem lar
A natureza como uma deusa pagã
Comunga sua dor na asa do pardal
Deixa de voar pra sua sede mitigar
Se tivesse tua relva fresca e louçã
Batizar-me-ia nas águas de tua pia batismal
E na igrejinha sentiria a alegria dos sinos a repicar