O CÓRREGO

Do córrego ouço seu som de murmúrio,

Que ditoso tenta a minha absolvição,

Como fosse devolver-me em dó a razão,

A livrar culpas deste meu viver augúrio...,

...sem prazeres no cantar do isolamento.

Que me defenda esta água em batismo,

Onde me entrego ao pulsar do lirismo,

A escorrer na minha face tal momento...,

...sobre todas as formas desse não me amar.

Aqui em duplas correntes, a minha e a tua,

Eu ainda sofrendo, peço-a pra me ajudar...,

...Em penosas lágrimas na sua água nua;

Que serpenteando vai pro mar desaguar,

Meu puro regozijar que a ti insinua.

Setedados
Enviado por Setedados em 11/01/2012
Reeditado em 16/01/2012
Código do texto: T3435537
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