O último carnaval de Schopenhauer

No ostracismo dos meus sonhos, sinto-me inerte,

Rendido aos gritos que decretam meu fracasso.

Minha vontade de fazer saber se inverte.

Entre as discórdias dos homens, rompem-se os laços.

Eu vivi, como na tragédia de Hamlet,

A teoria do amor tatuada nos meus braços.

É fácil amar? Mas a história se repete

No drama da vivência sempre em descompasso.

Eu te desejo como a paz deseja a guerra.

Inquietas ânsias transformam-me num prostrado.

Assim morrem milhões, o destino é quem erra.

Surgem outros milhões num replay do passado!

E quer agora que a dor de viver se encerra?

Então, recusa o amor dos que estão ao seu lado!

RENATO PASSOS DE BARROS
Enviado por RENATO PASSOS DE BARROS em 04/02/2005
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