Soneto Ibérico
Sonho o risonho ninho do descaminho
Revele a pele o breve destino desvele
Precisa brisa que avisa o toque leve
Menina atina na campina o caminho.
Sonho bisonho com monstros e estros
Escreva o que eleva e leva bem longe
Ouça a palavra certa aberta do monge
Espere e acelere os ativos monstros.
Seca e molhe o amor de um ateu judeu
Descrente sente a mente dum plebeu
Indolente brota semente do estro.
Abre e fecha o coração da emoção vã
Na temporada a namorada febre terçã
Versos nunca terminados, canhestros.