Ser advogado

Com borras do alento em flebotomia pelos tribunais,

Olhares esbraseados com desvelos desmedidos,

Vê-se a busca da custódia justiça com os ais

De quem acossa a jurisdição até destruído.

Custoso é o labor, depois de tantas severas altercaras,

Nego, então, a recordação se há uma que seja lídima,

Pois não se sabe se vem da expressão da lei as favas,

Para se demandar as aferradas lides que se legitima.

Por isto digo, que é símbolo à nossa Deusa cega,

A qual sirvo-a como prestadio audaz da ética,

Com a alada robustez de um trovador de regras,

E exaltando a não ouvir em meu destino o medo,

Talvez as lamúrias de Rui Barbosa, pesaroso!

Exoro: Sou advogado no mais casto Credo.

Rogério W. Guasti

11.01.2006